quinta-feira, 21 de abril de 2011

comemorando pessach com história, e com a receita do gefilte fish

por que reclinar-se??? nos tempos antigos, apenas às pessoas livres era permitido reclinar-se enquanto comiam. uma vez que pêssach é a festa da libertação, sentamos todos reclinados.

um feriadão de festança ecumênica, patriotismo inconfidente, estradas abarrotadas, descanso e comilança.
a páscoa do cristianismo, une-se ao tiradentes, junta-se a pessach, a páscoa judaica ... conecção do povo judeu com sua história - dia 18 foi a véspera de pessach, e do dia 19 ao dia 26 é pessach - e o resultado são muitos dias de festa.
pena que, sem nos consultar, baniram o descobrimento!!!

colocando fora a relatividade e a particularidade de cada comemoração, e de cada pessoa, e de cada povo, festa, seja qual e como for tem enorme poder. o grande barato, geralmente, tem inusitado poder. por serem históricas e fascinantes, as de agora se acoplam à vida corrente de muitos, e transcendem o incrível poder.
uma festa respeita, e decalca a linha rabiscada de pessoas e povos, e possue essa tendência pop estabilizante, que toma conta do espaço, em devaneios em torno de fatos de avant-garde tornados importantes per aevum.

ao longo da web, existe muita leitura sobre judaismo e suas tradições.
em pessach -
saiba mais [...] - que muitas vezes coincide com a páscoa dos cristãos - não existe a troca de ovos de chocolate, ou qualquer outro regalo. pessach é uma cerimônia religiosa que celebra a libertação do povo judeu da escravidão egípcia e relembra que, das 70 pessoas que compunham a família do patriarca avraham nasceu o povo judeu.

curioso saber: a noite da santa ceia, aquela que jesus compartilhou pão e vinho com os apóstolos, foi em pessach.


leia sobre pessach, aqui e aqui


a matza, matzoh, matzo, matsah, matsa, ou matze, símbolo de pessach, pão sem ovos, fermento ou sal, é a essência do êxodo, e simboliza a escravidão e a pobreza do povo judeu. em contrapartida é o símbolo da salvação e da liberdade, e uma das delícias da culinária judaica.
matsa é uma bolacha sem fermentação, feita de água e farinha de trigo, centeio, cevada, aveia ou espelta. todo processo de confecção da matsa, desde a mistura da água com a farinha até a entrada da massa no forno, não passa de dezoito minutos. o cereal para a confecção da matsa é supervisionado - shemura, ou seja, guardado - desde a moagem, para evitar que entre, prematuramente, em contato com a água e venha a fermentar. atualmente existem máquinas para a indústria da matsa, porém, muitas pessoas preferem matsot feitas à mão. industrializadas ou artesanais, as matsot podem ter qualquer formato: redondas, quadradas, etc ...
a evolução do maquinário moderno, para a produção da matsa, não apenas possibilita a confecção de matsot de qualidade, padronizadas em relação a forma e tamanho, como também garante maior velocidade do processo evitando qualquer possibilidade de fermentação.
depois de assada e sem o risco de fermentar, a matsa pode ser moída para ser transformada na farfel, uma incrível e versátil farinha.

esse feriado celebra a saída dos judeus do egito, come-se essa delícia que é a matsa, bebe-se aquele
vinho sublime, reclinado para a esquerda, encontra-se pessoas que não se vê a não ser em dias assim, reza-se muito, agradece-se mais ainda pela fuga do povo judeu do egito, canta-se, e se distribui bastantes sorrisos a todas as pessoas.
portanto, tenham todos um pessach feliz ... um pessach sameach a todos!!!

beber o vinho reclinado: nos velhos tempos, apenas às pessoas livres era permitido reclinar-se enquanto comiam. uma vez que pessach alude a liberdade, sentamos todos reclinados.

o texto de hoje vem dizendo da infinidade de informação sobre judaismo que a web proporciona, e eu fiquei atarantada ao tentar escolher alguns links pra deixar expostos aqui, à disposição de vocês. torço pra que todos leiam de um tudo, e fiquem contentes com mais um bocado de sabedoria.

sobre o judaismo, conheço tanto quanto pode conhecer uma mulher goy - não judia - adotada por alguns judeus, que teve um filho de pai judeu, e que fez questão de mantê-lo em escola judaica, ciente de ser a saída - ou a entrada - pra uma educação forte calcada nos melhores princípios. foi a escolha ideal e o investimento perfeito. meu porrinha, que não é judeu nativo por que nasceu de barriga não judia - e que diz 'estar' judeu - está aí, solto neste mundão, lindo, inteligente, bem formado, e não me deixando mentir.

leia sobre pessach, aqui e aqui e aqui
as receitas:
aqui, a receita do gefilte fish, tradicional e inconfundível
aqui, outra variação do mesmo gefilte fish, tradicional e inconfundível

gefilte fish, light e simples:
ingredientes:
1 kg de file de peixe - nota da autora: costumo usar o saint-peter, pouquíssimo gorduroso. possue apenas 93 calorias e 1 g de gordura a cada 113 g. carne leve e saborosa, assemelha-se ao abadejo, e se presta a uma 'bacalhoada', com vantagens sobre seu semelhante, tão caro.
saiba mais [...]
2 ovos inteiros
1 kg de cebola branca

um fio de óleo de soja
uma pitada de bicabornato de sódio
um litro e meio de água
um pacotinho de caldo de legumes zero calorias
2 cenouras cortadas em rodelas
folhas de salsão
sal e pimenta a gosto

mãos à obra:
leve o óleo e a cebola ao fogo. antes do óleo começar a ferver, ainda morno, acrescente o bicarbonato e espere a cebola ficar transparente. reserve na panela.
moa o peixe, coloque os ovos, sal e pimenta e duas colheradas da cebola. misture com as mãos.


coloque a água na panela onde fritou a cebola, acrescente o pacotinho de caldo de legumes, as cenouras, o salsão e espere cozinhar. reserve deixando amornar.

faça bolinhas de tamanho médio com a massa do peixe, coloque-as no caldo morno das cenouras e do salsão, e depois de todas as bolinhas estarem dentro do caldo, cozinhe em fogo médio por, aproximadamente, 40 minutos.
retire as bolinhas cozidas, enfeite o prato com as rodelas de cenoura e ... bom apetite!!!



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